sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Pesquisa realizada pelo Hospital das Clínicas alerta que Alzheimer atinge 5% da população brasileira

Estudo mostra que a doença atinge 700 mil brasileiros acima de 65 anos



Neurologistas do Hospital das Clínicas realizaram uma pesquisa que comprova que 700 mil pessoas no Brasil, acima de 65 anos desenvolvem o “Mal de Alzheimer” e passam a ter lapsos de memória, alterações comportamentais, desorientação espacial e dificuldade na realização de tarefas corriqueiras. O estudo alerta que a doença atinge 5% da população acima de 65 anos, e 15% acima de 80 anos.

O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa, e causa a morte gradual dos neurônios, provoca perda de memória e de outras funções cognitivas, como raciocínio, juízo crítico e orientação.
“O mal de Alzheimer tem acometido muitos idosos e sabemos que toda a família sofre as conseqüências em ter que atender àquela pessoa e quem cuida acaba se esquecendo de cuidar de si próprio e deixa de se preocupar com a qualidade de vida”, explica a coordenadora do programa de Saúde do Adulto e do Idoso, Maria Nazareth Vieira da Silva.

Segundo o neurologista Ricardo Nitrini, também coordenador do Ceredict (Centro de Referência em Distúrbios Cognitivos do HC), quanto mais cedo o mal de Alzheimer for diagnosticado, mais tempo o paciente manterá suas funções cognitivas preservadas.

O diagnóstico é feito após exames neuropsicológicos e fonoaudiológicos, e se for feito precocemente, os tratamentos adequados garantem ao paciente mais qualidade de vida, e uma vida mais longa, já que a doença não tem cura.

“Nesse momento é necessário procurar ajuda de um profissional especializado para que não se corra o risco de uma falha no diagnóstico e o uso de medicamentos inadequados ao paciente”, explica Maria Nazareth.

De acordo com a coordenadora do programa, à medida que a doença vai avançando, o paciente deixa de reconhecer familiares e amigos, e com o tempo, perde a identidade e torna-se dependente, principalmente de seus familiares.

“Como não existe cura, nas fases iniciais da doença predominam as técnicas de reabilitação, e táticas de readaptação. Já em estágios avançados, o tratamento é voltado a co-morbidades, comum em pacientes com problemas crônicos, pacientes debilitados e que necessitam de cuidados de enfermagem”, explica Nitrini.
Fonte:http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ccs/snoticias/i33principal.php?id=15868

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